O BOM PASTOR

O BOM PASTOR
“Eu sou o Bom Pastor.. O Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas”.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O ESPÍRITA E O CARNAVAL



A Doutrina Espírita é uma doutrina de vanguarda, que trabalha o aperfeiçoamento da criatura no contexto de um ambiente saudável, alegre, participativo e plenamente integrado com a vida da sociedade em que ela está inserida. O espírita não é, portanto, nenhuma individualidade à parte no universo das emoções, dos hábitos, da cultura e dos anseios que formam os caracteres das civilizações em contínuo processo de mudanças. “Não creiais que vos exortando sem cessar à prece e à evocação mental, nós vos exortamos a viver uma vida mística que vos mantenhais fora das leis da sociedade em que estais condenados a viver”, esclarece O Evangelho Segundo o Espiritismo em belíssima mensagem sobre “O homem no mundo”, recebida em Bordéus, em 1863.
Ser espírita é ser, pois, alegre, jovial, comunicativo, expansivo, integrado, moderno, atualizado, aberto, tolerante, espontâneo e sempre disposto a conviver fraternalmente com todos os grupos afins ou divergentes dos seus sentimentos de crença. Participa das reuniões, festas, excursões e demais acontecimentos sociais, como de qualquer atividade de lazer que contribuam para o seu desenvolvimento e bem-estar físico, mental, espiritual e social. Não alimenta presunção nem preconceito, porque sabe que todos são iguais e devem progredir juntos pelos laços da solidariedade e da afeição recíproca. Sabe que Jesus começou a sua atividade messiânica numa festa social, à qual compareceu com sua mãe, Maria, e discípulos, em Caná da Galileia. Tornou-se a histórica passagem do Evangelho de João conhecida como as “Bodas de Cana”.
O que é importante na vivência do espírita é a conduta cristã. Ele sabe, conforme ainda O Evangelho Segundo o Espiritismo, na mensagem “O Dever”, no capítulo XVII, item 7, que, “ponto a dobrar-se às diversas complicações”, deve permanecer, porém, “inflexível diante das tentações”. O seu grande esforço é no sentido de exemplificar todo o bem, pautando as ações pela lei do equilíbrio, da harmonia, que exclui as paixões, o extravasamento das emoções e todo tipo de excesso. Isto é o que o separa do carnaval, uma festa que conduz ao prazer e à violência, conforme os registros policiais das quartas-feiras de cinza. E, com mais razão ainda, se resguarda das loucuras mominas por compreender as suas funestas conseqüências e as relações íntimas que esses festejos, da forma como acontecem, guardam com a espiritualidade inferior, por sua sensualidade, luxúria e todo tipo de vício.
Quem quiser melhor se informar sobre o que afirmamos aqui, basta consultar obras como “Nas Fronteiras da Loucura”, psicografada por Divaldo Franco, e “Novas Mensagens”, por Chico Xavier. Nelas, os espíritos Manoel Philomeno de Miranda, Bezerra de Menezes e Humberto de Campos descrevem cenários do carnaval, vistos do ponto de vista espiritual, dando depoimentos patéticos sobre a simbiose permissiva que se estabelece entre as duas populações de encarnados e desencarnados. Outra obra espírita, “Aprendendo com Divaldo”, oferece informações muito úteis sobre o assunto, incluindo a necessidade do funcionamento normal das Casa Espíritas “de modo a atenderem aqueles que as buscarem , ou sustentarem o equilíbrio dos que lhes frequentam os labores habituais”. Noutro livro, “Para uma vida melhor na Terra”, Raul Teixeira diz que devemos compreender e respeitar o que não compartilhe os conceitos e ideais espíritas a respeito do carnaval, “sem, contudo, permitir que ele “nos faça a cabeça”.
Por Wanderley Pereira

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