O BOM PASTOR

O BOM PASTOR
“Eu sou o Bom Pastor.. O Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas”.

domingo, 20 de junho de 2010

LEI DO TRABALHO


O limite do trabalho é o das forças. Em suma, a esse respeito Deus deixa inteiramente livre o homem.

O repouso serve para a reparação das forças do corpo e também é necessário para dar um pouco mais de liberdade à inteligência, a fim de que se eleve acima da matéria.

A guarda do sábado, recomendada por Moisés, foi para fazer cumprir o terceiro mandamento do Decálogo.

Jesus mostrou, através das palavras do evangelista Marcos, que o sábado foi feito em contemplação do homem e não o homem em contemplação do sábado.

Síntese do Assunto:

O trabalho é lei da Natureza mediante a qual o homem forja o próprio progresso, desenvolvendo as possibilidades do meio ambiente em que se situa, ampliando os recursos de preservação da vida, por meio da satisfação das suas necessidades imediatas na comunidade social onde vive; apresenta-se ao homem como meio de elevação e como expiação de que tem necessidade para resgatar o abuso das forças, quando entregues à ociosidade ou ao crime, na sucessão das existências pelas quais evolui. Não fora o trabalho e o homem permaneceria na infância primitiva, sendo por Deus muitas vezes facultado ao fraco de forças físicas os inapreciáveis recursos de inteligência, mediante a qual granjeia progresso e respeito, adquirindo independência econômica, valor social e consideração, contribuindo poderosamente para o progresso de todos.

Do trabalho mecânico, rotineiro, primitivo, puro e simples, à automação, houve um progresso gigante que ora permite ao homem o abandono das tarefas rudimentares, entregues a máquinas e instrumentos que ele mesmo aperfeiçoou, concedendo-lhe tempo para a genialidade criativa e a multiplicação de atividades em níveis cada vez mais elevados.

O trabalho, portanto, é uma necessidade econômica e social, veículo de renovação, colocado na direção da criatura para construir a sua própria felicidade. Como nos ensinam os Espíritos, o limite do trabalho é o das nossas forças; isso deixa claro que sendo, como é, fonte de equilíbrio físico e moral, o trabalho deve ser exercido por quanto tempo nos mantenhamos válidos.

Sendo o trabalho uma lei natural, o repouso é conseqüente conquista a que o homem faz jus para refazer as forças e continuar em ritmo de produtividade.

O repouso se lhe impõe como premio de esforço despendido, sendo-lhe facultado o indispensável sustento nos dias da velhice, quando diminuem o poder criativo, as forças e a agilidade na execução das tarefas ligadas à subsistência.

Na tentativa de fazer cumprir a lei de Deus contida no terceiro mandamento (Lembrai-vos de santificar o dia de sábado), Moisés recomenda a santificação do sábado não só no sentido restrito do termo, mas num sentido bem mais amplo: “Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem atua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro”. O sábado é visto, pois, como um dia especial da semana onde a ninguém é permitida qualquer atividade. Ora, acontece que Jesus, o mesmo Jesus que disse não ter vindo destruir a lei e os profetas, mas cumpri-los, trabalha, ensina, cura os males do corpo e do espírito em qualquer dia da semana onde apareça uma necessidade. Aparentemente estaria revogando um Mandamento. Na realidade, Jesus não revogou qualquer lei divina. Queria é que compreendêssemos o verdadeiro sentido do Terceiro Mandamento: “O sábado foi feito em contemplação do homem e não o homem em contemplação do sábado”, como diz Marcos. Sua instituição representa uma medida útil, pois que destinada a proteger o corpo do esgotamento resultante do excesso de trabalho.

Reservemos um dia para o descanso do corpo, mas consagremo-lo de modo especial a Deus, santificando-o, ainda mais, se possível, do que os outros dias da nossa existência, pela prática de obras que atestem o nosso amor aos outros homens e ao Pai Celestial. Por esse motivo Jesus alimentou, pregou, curou a obsessão que uma mulher trazia havia já dezoito anos ou a mão ressequida de um homem, entre tantos benefícios realizados, mostrando que todo dia é dia para a prática do bem.

Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - FEB

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